Em sites e jornais, recentemente, noticiou-se sobre o impacto nas contas da Previdência Social que o aumento do salário mínimo irá causar em 2010. Manchetes deram ênfase ao aumento da despesa, como já seria de se esperar na mídia tradicional. Quase chego a sentir remorso por ler essas manchetes escritas dessa maneira. Ao menos, lendo o corpo do texto que as acompanham, pode-se vislumbrar explicações que demonstram a coerência da medida, como o recorde em arrecadação para a previdência, como a previsão na lei de diretrizes orçamentárias.
Uma novidade como essa poderia ter seu título confeccionado mais sob uma perspectiva social que econômica, com base em premissas de interesse público, afinal, o objetivo do estado é levar bem-estar e justiça social ao povo.
Pensando nisso, a manchete então poderia vir assim...
"Aumento no Salário Mínimo compensa perdas do passado"
"Aumento do Mínimo repõe perdas inflacionárias"
Acredito que, dessa forma, a informação ao leitor seria mais autêntica, porque teria mais identidade com sua realidade, e não com a realidade técnica das contas da máquina governamenal. Em vez de se ressaltar o gasto público, ressaltar-se-ia o ganho de cada beneficiário, na própria manchete.
E o pior é que a impactante palavra "impacto" foi pronunciada pelo Secretário da Previdência Social. Fico pensando agora no aumento de cem por cento do salário mínimo proposto por João Goulart e acatado por Getúlio em 1954... que palavra seria adequada para um aumento desses? Prefiro nem saber.
Não sei se fico feliz pelo aumento do mínimo ou triste pela previdência... Deixa eu ver.. Feliz!! Hahahhahahhha.
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