quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Entre umas e outras


Entre uma enxaqueca, uma ansiedade e uma cerveja

Talvez uma lágrima

Mas mais por solidão


Um abraço, um beijo ou companhia

Quem sabe ficar sozinha

Seja melhor solução


Paradoxos, caos e confusão

Quando se está no limite

Da Melancolia à Exasperação


Sentir-me viva

O que faltava nessa relação

Sentir-me sozinha

O que destrói minha convicção.








sábado, 6 de novembro de 2010

Crescemos. Que consciente constatação. Que triste constatação. Que madura constatação!

sábado, 25 de setembro de 2010


A Sapeca é bem simples. Ou ela dorme, ou ela come, ou ela brinca. Fico pensando se a vida não deveria ser assim tão simples. O que a sapeca faria se eu a ensinasse a trabalhar e ela levar pedrinhas 8 horas por dia no lixo.?
Algo no olhar triste que ela me deu me sugere que não gostaria.

A sapeca me faz feliz.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Indiferença

Passou um tufão
Destelhou casas
Bagunçou algumas mechas do meu cabelo
Mais tarde ouvi falar em doações na tv
Em defesa civil
E tudo isso passou por mim
Como um navio

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Madrugada das lembranças: a hora das risadas e da reflexão

Dizem que recordar é viver e talvez seja esse o sentimento que tem me feito ficar até altas horas da madrugada a nostalgiar, solita na calada da noite, mesmo que sem querer.
Inevitável não lembrar de coisas boas que fizeram parte de uma vida feliz, de um passado nem tão distante assim, mas que nem por isso deixam de ser apenas lembranças.
Poderia cativá-los com muitas das histórias cômicas nas quais tive a honra de estar presente. Contudo, vou me limitar a referir uma frase: - que cheiro de abandono!!!
Ela é real...nos fez rir e trata-se hoje de um bordão, se não para todos para mim!!!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Versos de Ocasião

Não são bem haicais, mas tudo bem, poesia não precisa de regras, mesmo!



Mais vale a poesia

Pus um dinheiro no bolso
Sentei pra compor um poema
E tem gente que tenta o contrário!






Espírito e terra

A vida não é uma lama
E não tem mas nem porém
Se houver um pouco de grana



Discussão

Se fores argumentar, amor
Não esqueça de trazer um porquê
Na frequência do meu ouvido






Discussão II

Posso até adivinhar o que diz
Mas porque criptografa
Se estamos só nós dois?






Olhando pra cima

Eu, até mesmo,
Ouço meus pensamentos
Mas por que criptografo contra mim?






Cai(bo) num (hai)cai

Sumo da tua vida
Todos os dias e volto
E estou biografado

sexta-feira, 23 de julho de 2010

DESAFIO: A BODA DA DEMÔNIA.


DESAFIO: Imagine que seu melhor amigo(a) casou-se com o grande amor da sua vida. Você foi convidado(a) para o casamento e lhe pediram para fazer um brinde aos noivos. O que você diria?



Olhei-me no espelho do banheiro. A barriga estava desproporcional ao vestido preto de veludo, especialmente escolhido para ocasião. Também pudera, logo no ínicio da festa eu disse para o garçom que aquela noite não merecia champagne e sim uma cerveja. Já havia tomado cinco quando fui no banheiro retocar a maquiagem. Agora a barriga e o cérebro cheios de cerveja estavam me deixando com raiva, mas a mágoa, a dor já tinham sumido no segundo gole.


Haviam me convidado para a boda, de certo modo acharam elegante convidarem a corna, a "ex-amiga". Não peguei eles na cama nem nada, mas um mês após terminar o namoro com o homem da minha vida, o mesmo amor que me fazia desabafar horas e horas com a amiga-demônia. Sim porque amiga que pega namorado de outra é sempre demônia.(é aquela coisa de inveja, curiosidade, maldade mesmo).


Acho que de tanto elogiar meu amor, a demônia quis para ela. E eu amava tanto ele, quanto ela. Achava-me sortuda por ter uma amiga de verdade e um namorado especial.


Voltei a mesa começando a me sentir tonta. As cinco cervejas estavam mostrando seu efeito sedativo-enlouquecedor sobre meus míseros 50 kilos. Rezei para ninguém me perguntar nada, porque já estava sem direção nenhuma.


Foi quando de repente, em um daqueles instantes surreais, vi centenas de pessoas me olhando e sorrindo.


_Você não vai falar? Lhe deram a palavra do brinde os noivos, como forma de perdão se houver quaisquer mágoas. Me disse a mãe da noiva.


Levantei da cadeira cabaleando, peguei meu copo de cerveja, um cigarro que eu até já tinha esquecido de ter acendido estava na outra, e disparei, sem nem perceber que não controlava mais os meus pensamentos:


-Parabéns aos noivos -Disse em voz embargada e alterada pelo álcool.

À DEMÔNIA e ao TOQUINHO, uma vadia fogosa com outro de pau pequeno. Haha, essa eu quero ver!



E saí sob os olhares incrédulos de velhas de vestido de almofada e risadas de adolescentes.

Nem vi a cara dos noivos, aliás eu nunca mais os vi. Mas valeu a pena, afinal de contas, se vocês um dia decidirem ser falsos o suficiente para se envolver com quem não deveria, aprendam que forçar que aceitem é outra coisa, talvez a demônia seja eu.